segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Seguros de viagem são obrigados a oferecer assistência médica e hospital

Com a nova regra, já aprovada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, despesas médicas e hospitalares também devem ser oferecidas.


25/10/2014 - Mudou a regra de cobertura dos seguros de viagem que agora são obrigados a oferecer assistência médica e hospitalar.
Antes de ir para Nova York, Charles pagou R$ 350 por um seguro com cobertura de US$ 250 mil.
"Esse seguro me dá direito a várias opções. Então, você tem dentista, fisioterapia, perda de mala, emergência odontológica e retorno antecipado", conta o empresário Charles Costa.
O problema é que nem sempre a promessa é cumprida. "Já aconteceu de um paciente meu mesmo que foi para Bariloche e fraturou o punho. Aí, ele procurou assistência médica lá e o que aconteceu? Ele não conseguiu receber depois, do seguro", conta o fisioterapeuta Hamilton Mendes de Souza.
Antes, o seguro viagem tinha apenas duas coberturas obrigatórias: casos de morte ou invalidez permanente. Com a nova regra, já aprovada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, as despesas médicas e hospitalares também devem ser oferecidas. O valor da cobertura depende do plano contratado.
A resolução também prevê cobertura de transporte médico, por exemplo, do local onde a pessoa se machuca até o hospital; traslado de corpo e também retorno do passageiro em transporte especial em algumas situações: entre elas, quando houver suspeita de doença que possa contaminar outras pessoas, como o ebola.
O consumidor pode desistir do seguro até sete dias antes da viagem, com direito ao ressarcimento integral do valor pago.
"Ele deve tirar fotos, fazer registro de ocorrências, se for uma situação de atendimento médico-hospitalar, cópia do prontuário. Tem que se documentar para que se ele não conseguir o ressarcimento que ele teve ele buscar seus direitos junto ao órgão de defesa do consumidor ou ao Judiciário", orienta Bruno Burgarelli, vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Fonte: Jornal da Globo

New York

- Visita ao Café do Friends

Dólar mais alto deve influenciar despesa com viagem

24/10/2014 - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, previu nesta sexta-feira, 24, que a elevação do dólar em relação ao real deve influenciar as despesas com viagens nos próximos meses.
Em encontro há um mês com jornalistas, o técnico já havia previsto uma diminuição da expansão desses gastos por conta do câmbio, o que acabou não ocorrendo.
Ele comentou que o aumento de viagens reflete a elevação da renda real da população. "À medida que permanece o aumento de renda real de 2,5%, é um fator que estimula o aumento dessas despesas de viagens. A renda é que é fundamental", disse.
Maciel disse, porém, que o dólar tem impacto nessa conta. "É possível que o dólar mais elevado venha a se refletir nos próximos meses", projetou.
Ele salientou que as despesas com viagens cresceram 18% em 2013 na comparação com o ano anterior. "Este ano moderou de forma significativa, mas ainda temos recordes", admitiu.
O crescimento da despesa líquida foi de 15% em setembro sobre o mesmo mês do ano passado, enquanto a bruta registrou alta de 11% no período.
"A característica dessa rubrica é de crescimento gradual ao longo do tempo. É importante perceber que há um crescimento, mas ao mesmo tempo moderação", considerou.
O técnico salientou que, em outros momentos, o crescimento dessa conta já foi de 25% e isso chamava mais atenção. No acumulado do ano até setembro, a alta está em 4,5%.
Questionado sobre se o aumento de viagens não preocupava o BC por conta das compras de produtos industrializados adquiridos no exterior, Maciel disse que o objetivo de viagens internacionais é "turismo ou negócio".
Dados parciais
Maciel apresentou também os dados parciais de algumas rubricas das contas do setor externo. Todos os números são de outubro, até o dia 22.
De acordo com ele, o saldo líquido de viagens está negativo em US$ 1,2 bilhão no período, com receitas de US$ 337 milhões e despesas de US$ 1,537 bilhão.
No caso de computação e informação, a rubrica está negativa em US$ 168 milhões e no de pagamento de royalties, em US$ 109 milhões. Já aluguel de equipamentos registra um saldo negativo no período de US$ 825 milhões.
Maciel informou também que até 22 de outubro ingressaram US$ 124 milhões em ações negociadas no país. A parcial para renda fixa negociada no país mostra ingresso de US$ 90 milhões.
"A abertura do Global 2025 com liquidação no início do mês teve influência", disse. O Banco Central ainda divulgou a parcial para taxa de rolagem, também até 22 de outubro. A taxa total, nessa parcial, está em 110%. Para papéis, em 158%; para empréstimos diretos, 100%.

Fonte: Revista Exame